sexta-feira, julho 07, 2006

O Trompete - Claro, eu só podia falar dele


Trompete
O trompete é um instrumento de sopro do naipe dos metais. É um dos instrumentos mais agudos desta família, que tem também como integrantes a tuba, a trompa, o piccolo, o flugelhorn, o cornet e o trombone, entre outros. Quem toca o trompete é chamado de trompetista.
O trompete é basicamente um tubo de metal, com um bocal no início e a campânula no fim. A distância percorrida pelo ar dentro do instrumento é controlada com o uso de pistos. Além dos pistos, as notas são controladas pela pressão dos lábios do trompetista e pela velocidade com que o ar é assoprado no instrumento.
O trompete é utilizado em diversos géneros musicais, sendo muito comumente encontrado na música clássica, jazz e músicas latinas como o mambo e salsa

Descrição técnica
É um instrumento de tubo cilíndrico em três quartos da sua extensão, tornando-se então cônico e terminando num pavilhão. Desde meados do séc. XIX (1815) o Trompete está munido de três pistões, o que lhe permite produzir cromáticamente todos os sons dentro da sua extensão. Tem um bocal hemisférico (ou em forma de taça).
O trompete é popularmente conhecido como "pistão" ou "piston" (no Brasil). Isso se deve ao fato do instrumento possuir os três pistões. Apesar disso praticamente toda a bibliografia (em Português) sobre o instrumento menciona o nome correto: "trompete".

História
Os primeiros trompetes (trombetas) eram feitos de um tubo de cana, bambú, madeira ou osso e só mais tarde se fizeram de metal. Embora, como já foi referido, os trompetes sejam instrumentos de tubo essencialmente cilíndrico, há trompetes extra-europeus (por exemplo, as do antigo Egipto) que são nitidamente cónicos. Os mais primitivos eram usadas à maneira de um megafone, para fins mágicos ou rituais: cantava-se ou gritava-se para dentro do tubo para afastar os maus espíritos. A partir da Idade do Bronze os trompetes são usados sobretudo para fins marciais. Na Idade Média os trompetes eram sempre feitos de latão, usando-se também outros metais, marfim e cornos de animais. No entanto, tinham uma embocadura já semelhante à dos instrumentos atuais: um bocal em forma de taça. Este bocal era muitas vezes parte integrante do instrumento e não uma peça separada, como acontece actualmente. Até fins da Renascença predomina ainda o trompete natural, ou trombeta natural (aquela que produz os harmónico naturais). As trombetas menores eram designadas por clarino. Era habitual, ao utilizar várias trombetas em conjunto, cada uma delas usar só os harmónicos de uma determinada zona. Durante o período Barroco os trombetistas vão-se especializar em cada um destes registos, sendo pagos em função disso. O registo clarino, extremamente difícil, era tocado apenas por virtuosos excepcionais, capazes de tocar até ao 18º harmónico. A trombeta natural no registo de clarino tem um timbre particularmente belo, bastante diferente do timbre do trompete atual. O desaparecimento, após a Revolução Francesa, de pequenas cortes que mantinham músicos é uma das razões que fizeram com que os executantes de clarino desaparecessem também no fim do séc. XVIII. A impossibilidade de produzir mais sons para além de uma única série de harmónicos era a maior limitação dos instrumentos naturais. Já no principio do Barroco este problema começa a ser encarado seriamente, surgindo os trompetes de varas. Existe em Berlim uma trombeta de 1615 em que o tubo do bocal pode ser puxado para fora 56cm, aumentando o comprimento do tubo o suficiente para o som baixar uma terceira. Vários instrumentos, hoje obsoletos, foram construídos como resultado de invenções e tentativas, até ao aparecimento dos pistões em 1815. Surge então uma nova era, não só para otrompete como também para outros metais.
Hoje os modelos mais usados são os trompetes em Dó e Si bemol. As suas extensões, em notas reais, são no primeiro caso: Fá#2 / Ré5 e em segundo caso: Mi2 / Dó5
Em ambos os modelos se podem distinguir três registos distintos:
No registo grave (Fá#2 / Si2, notas escritas) a sonoridade é sombria.
O registo médio (Dó3 / Lá3) é muito claro e brilhante.
As notas mais agudas (Si4 1 Ré5) são também brilhantes, mas estridentes.
Existem ainda outros tipos de trompete menos usados:
Mais agudos:
Trompete em Ré - (à 2ª M sup; sol#2 - mi5) Trompete em Mi b - (à 3º m sup; lá2 - Fá5) Trompete piccolo em Sib - ( à 7ª m sup; mi3 - sol5)
Mais graves:
Trompete baixo em Mi b - (à 6ª M inf; láb 1 mib4) Trompete baixo em Dó - (à 8ª P inf; fá# 1 dó4) Trompete baixo em Sib - (à 9ª M inf; mi 1 sib3)

5 comentários:

Manuela Cunha disse...

Ei lá Paulo...tanta cultura!!!Qual foi o site do qual retiras-te esta tralha toda? :)

Manuela Cunha disse...

Havias de explicar é como se afina o "piston" :) :)

Paulo Sá disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Paulo Sá disse...

Ò sra. Doutora, foi na wikipédia, quanto ao piston, é essa a palavra correcta não é pistão

Anónimo disse...

Tambem lá encontrei o instrumento do O clarinete, também conhecido como clarineta, é um instrumento musical de sopro constituído por um tubo, usualmente de madeira, com um bocal cônico de uma única palheta e chaves ("botões" metálicos, servem para tapar orifícios onde os dedos não chegam). Possui quatro registros: grave, médio, agudo e superagudo. Quem toca o clarinete é chamado de clarinetista.

Os clarinetes são tradicionalmente feitos de ébano, sendo que as boquilhas são construídas com um material sintético chamado ebonite. O som é produzido devido à vibração da palheta, provocada pelo sopro do clarinetista. O corpo do instrumento é, em sua maior parte, de espessura uniforme, com um alargamento (campânula) no fim do tubo. O sistema de chaves mais comum é o sistema Boehm, projetado por Hyacinthe Klosé. Outro sistema, chamado Oehler é usado principamente na Alemanha e Áustria.

O clarinete mais comum é o clariente em Si b, havendo também clarinetes mais agudos, também conhecidos como requinta e clarinetes mais graves, os clarones.

Foi inventado na Alemanha por Johann Christiph Denner, no século XVIII, e introduzida na orquestra em 1750.

No Brasil esse instrumento é bastante utilizado na execução de choros.

melhor naipo da bbve.