segunda-feira, outubro 30, 2006

BBVE-Esposende-22/07/2006(parte 2)

Concerto Coral Sinfonico - look at the trailer
BBVE-Esposende-22/07/2006

concerto Coral Sinfonico - look at the trailher

sexta-feira, outubro 27, 2006

Jantar Anual da Banda

Amanhã, sábado dia 28 de Outubro, será o habitual jantar anual da Nossa Banda. Às 18h30 decorrerá a missa com a participação da Banda, invocando todos os amigos desta Associação e depois será o jantar no Restaurante "Reguenga".
Mais uma oportunidade para confretanização dos músicos, familiares e amigos. É sempre uma ocasião para reunir aqueles que gostam da Nossa Banda e todas as autoridades às quais lhe compete apoiar as associações (a parte dos discursos dispensa apresentação!!!).

terça-feira, outubro 17, 2006

Pequenas Crónicas - Parte II

  • Algumas ideias acerca do que significa ensinar Música (CONTINUAÇÃO)
Obviamente que se pode tratar de uma questão de diferenciação de perfis de aptidão musical (Rodrigues & Ferreira, 1994). Mas julga-se que, em grande parte, se trata também do percurso de aprendizagem musical, do tipo e qualidade de instrução musical - informal e formal - a que se foi exposto.
Algum ensino tem privilegiado o conhecimento acerca da Música, sobre os seus elementos constituintes, numa tentativa de criar hábitos de "apreciação musical". É importante que a análise da Música enquanto objecto externo se faça, mas depois da expressão e compreensão musical fazerem parte da própria natureza do sujeito. Síntese - tal e qual como na alimentação das plantas - poderia, talvez, ser a palavra.
Poderá alguém "apreciar" um poema lido num idioma que não se domina? Para "apreciar" é preciso compreender.
E - acalmem-se os cépticos! - porque dentro das possibilidades de compreensão do possível há ainda espaço de sobra para a incompreensão e para o inefável. Ou não fosse este (também) o território da interpretação e da criação.
Gordon tem defendido que a Música não é uma linguagem mas que a sua aprendizagem se deve processar como a da linguagem, de forma a que a sua expressão se processe como uma linguagem, no sentido de algo que faz parte do discurso de ideias musicais próprias do sujeito. Assimilação poderia, talvez, ser a palavra. Ou seja, a ênfase não está no conhecer sobre Música mas no "ser Música". Podemos expressar as nossas ideias através das nossas próprias palavras. A educação musical deveria possibilitar que expressássemos as nossas ideias musicais através do nosso próprio vocabulário musical.
O acto educativo deveria alargar a compreensão do Mundo, e consequentemente, também, a compreensão musical, em todas as dimensões. É dramático pensar que muita da instrução musical oferecida é castradora, cerceadora de possibilidades de desenvolvimento e expressão musical.
0 princípio de aprendizagem musical de que deve primeiro proporcionar-se a exposição ao som e só depois passar à sua expressão gráfica não é novo. 0 princípio educativo de que a experiência deve preceder a teorização não é novo, também. Desde o século XVII que pensadores como Comenius, Pestalozzi, Rousseau, Dalcroze, os referem. Provavelmente, também os contemporâneos de Sócrates terão dito coisas semelhantes.
Aqueles princípios são, pois, velhos.
Continuando... Veêm-se crianças de quatro anos cuja iniciação musical se baseia fundamentalmente na aprendizagem da pauta musical e seus derivados: "Música a sério! Não são brincadeiras."
Vêem-se crianças obrigadas a ter aulas de educação musical no ensino genérico que passam o tempo todo a fazer cópias de música. Ensinar Música continua a ser para alguns professores especialistas em "controle de disciplina da classe" (e, mais recentemente, em ensino de "atitudes e valores") ensinar o código musical, como se essa fosse a senha de penetração no mundo da Música. Não é certamente, mas é com certeza a forma mais fácil de tornar hermético um determinado modo de conhecimento, de distinguir entre os que são e os que não são supostamente "Músicos", de mostrar que se é um "iniciado". (Subentenda-se: todos os saberes têm os seus corporativismos e as suas estratégias de regulação de poder).
Vêem-se manuais que tratam o ritmo, e a sua expressão em termos de notação musical, como problemas de aritmética. Semínima, mais semínima é igual a mínima. Colcheia vezes colcheia é igual a semínima. Perdão, queria dizer colcheia ao quadrado.
Vê-se alguém esforçar-se seriamente para que na aula de Formação Musical os alunos possam movimentar-se, dançar. Mas logo vem o lápis-metrónomo ameaçador, a bater na carteira o tempo latejante, o compasso obsessivo, e os meninos a rezar, e alguém que diz: "Eles aqui têm que aprender. Isto aqui é mesmo para aprender Música." E os meninos a rezar.
(continua)

sexta-feira, outubro 13, 2006

A Tuba
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TUBA
Patrocínio "Rott"
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Instrumento musical de sopro da família dos metais. Consiste num tubo cilíndrico recurvado sobre si mesmo e que termina numa campânula em forma de sino. Dotado de bocal e de três a cinco pistões, possui todos os graus cromáticos.
Existem tubas de vários tipos: tenor, barítono, êufona, baixo e contrabaixo. Desde o seu aparecimento, na primeira metade do séc. XIX, logo foi incorporado nas orquestras sinfónicas.

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Alguns elementos históricos
A tuba é originária do “ophicleide”, uma espécie de tubo com chaves utilizada por volta de 1800, ainda antes da invenção dos sistema de pistões. Este instrumento começou a ganhar popularidade nas pequenas bandas de metais da Grã-Bretanha, onde um antecessor do actual Sousafone, chamado Helicon, era usado devido à sua portabilidade (mais fácil de transportar).
Mais tarde, Richard Wagner utilizaria uma variante deste instrumento baseada no Corne Inglês, razão pela qual surgiu a chamada Tuba Wagneriana.
Em 1860, John Philip de Sousa patenteou um novo tipo de tuba baseado no Helicon, dando origem ao actualmente chamado Sousafone.
Por esta altura, os alemães Johann Moritz e Wilhelm Wieprecht construiram o modelo de tuba que seria o percursor do modelo mais utilizado hoje em dia.
Desde esta altura, o design e conceito geral da Tuba permaneceram inalteráveis, mas diversas variantes foram sendo introduzidas, incluindo instrumentos com 4, 5 e 6 pistões, pistões com válvulas rotativas, Sousafones em fibra de vidro (para serem usados em desfiles).
Actualmente, as tubas podem ser encontradas nas mais diferentes formas e combinações e a variedade aumenta drasticamente se incluirmos nesta categorização os Bombardinos (que também são chamados de Tuba Tenor). Assim, encontramos Tubas em diferentes afinações (Sib, Do, Mib, e Sol), com campânulas desde 36 a 77 centímetros de diâmetro, voltadas para cima ou para a frente, lacadas ou cromadas, com pistões normais ou com válvulas rotativas (ou ambos), com 2 até 6 pistões etc.... e a variedade é ainda maior se adicionarmos as várias cambiantes dos Sousafones (como por exemplo o raríssimo Sousafone com 2 campânulas).
Nas bandas Filarmónicas, cabe às Tubas o fundamental papel de suporte harmónico, uma vez que compõe o naipe de instrumentos que actua no registo grave.







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terça-feira, outubro 10, 2006

Para mais tarde recordar...

Aniversário da Banda Velha União Sanjoanense.

Vila Nova de Cerveira

Vila Nova de Cerveira
Foto tirada no final do concerto da nossa Banda.

domingo, outubro 08, 2006

Pequenas Crónicas - Psicologia (e/da) Música


Psicologia e música: duas ciências que interligadas oferecem um universo de conhecimento muito rico! As Pequenas Crónicas serão um resumo de alguns conteúdos interessantes que tocam estas áreas e um meio de divulgação de aspectos interessantes relacionados com a Música.


Em Março deste ano esteve na Universidade de Aveiro e em Lisboa um investigador americano a quem se devem alguns dos maiores contributos no âmbito da Psicologia da Música e da Pedagogia Musical da actualidade, Edwin Gordon.
As investigações de Edwin Gordon, no âmbito da avaliação da aptidão e do desempenho musical, nomeadamente no que respeita à sua teoria da aprendizagem musical, e, muito especialmente, o que propõe como orientações musicais para recém-nascidos e crianças em idade pré-escolar têm tido um enorme eco no nosso país.
A sua vasta participação em revistas de investigação especializadas e a autoria de uma teoria de aprendizagem musical, a par da co-autoria do currículo de iniciação instrumental Jump Right In, tornaram Edwin Gordon internacionalmente reconhecido como um dos maiores pedagogos da actualidade, sendo um conferencista de renome mundial.
Além do trabalho de orientação de inúmeras teses de doutoramento no campo da Psicologia da Música e da Educação Musical, o Professor Edwin Gordon dedica-se há mais de 30 anos ao estudo do desenvolvimento musical de crianças recém-nascidas e em idade pré-escolar. O seu contributo nesta área de estudo é absolutamente inovador e sólido. O seu trabalho tem sido divulgado em Portugal desde 1994, marcando decisivamente as práticas educativas e artísticas do panorama musical português.

  • Do paradigma de "como se ensina" para o paradigma de "como se aprende".

    Em 1968 Edwin Gordon publicou uma monografia intitulada "How children learn when they learn music". Este título poderá resumir uma importante mudança de atitude relativamente às questões do ensino. De facto, de uma forma geral a grande preocupação dos educadores era - ou é? - a de "como se deve ensinar Música". Edwin Gordon descentra-se do papel do educador e interroga-se: "como e que as crianças aprendem?". Julgo que esta é uma importante ruptura com a educação tradicional, centrada sobre o que o Professor tem para ensinar. A teoria de aprendizagem musical propõe-se, antes, compreender o processo do aprender. É uma teoria acerca de como as crianças aprendem competências e conteúdos musicais.

  • Algumas ideias acerca do que significa ensinar Música.

    "(..)É necessário voltar às coisas simples, à capacidade de formular perguntas simples, perguntas que, como Einstein costumava dizer, só uma criança pode fazer, mas que, depois de feitas, são capazes de trazer uma luz nova à nossa perplexidade. " (Santos, 1998, p.6)

    Edwin Gordon tem sido particularmente crítico em relação ao ensino musical que privilegia a imitação e não forma músicos capazes de actuar musicalmente de uma forma autónoma e independente. Isto é, deveríamos ser capazes de nos apropriamos da Música da mesma forma que nos apropriamos da linguagem: para comunicar, em sentido lato. Para contar histórias dos outros mas também. para as contarmos segundo as nossas próprias palavras e para contar também as nossas próprias histórias.
    Algum ensino tem-se centrado na imitação e repetição, na leitura e teoria musical, castrando totalmente o desenvolvimento auditivo e a possibilidade de aquisição de um discurso musical próprio e de síntese pessoal. Concretizando: no mundo dos músicos da chamada música erudita nem sempre há a flexibilidade para, por exemplo, "tocar de ouvido", harmonizar, transpor, "tocar a la Mozart, ou Chopin, ou outro", para acompanhar uma melodia conhecida que alguém vai cantando, para improvisar, para se integrar com facilidade em músicas com uma fluência rítmica diferente da estritamente convencional, etc. São imensos os casos de excelentes intérpretes - e não só - que, não obstante o elevado nível artístico do seu desempenho musical, têm grandes limitações nas situações apontadas. Deveríamos perguntar-nos porquê.

In Revista de la Lista Electrónica Europea de Música en la Educación

(continua)

quinta-feira, outubro 05, 2006

Comemoração do 180º aniversário da Banda Velha União Sanjoanense

No próximo sábado, dia 7 de Outubro, a nossa Banda irá participar nas comemorações do 180º aniversário da Banda Velha União Sanjoanense, em S. João de Loure.
Poderão consultar o programa das actividades que envolvem estas comemorações no seguinte link http://www.bandasfilarmonicas.com/noticia.php?id=1138
Estas comemorações são, de certeza, muito significativas para a Banda Velha União Sanjoanense e teremos todo o gosto em participar nelas. Aliás, os anos de vivência musical desta banda provam a importância e valor cultural que a Banda deve ter na sua terra, uma vez que todos sabemos que muitas vezes as adversidades são imensas na manutenção activa das Bandas Filarmónicas ou associações culturais.
Por isso ficam os nossos Parabéns para esta Banda e esperemos que continuem o seu trabalho em prol do desenvolvimento musical e cultural.