quarta-feira, setembro 14, 2011

198.



Saudades,destes tempos em que a camaradagem ,o associativismo e a alegria estava ligada por outras verdades translúcidas.Em que o factor mais importante não era o quanto se poderia ganhar numa festa ou na época toda.Havia um contentamento que era vivido por novos e menos novos de igual forma sem uma real preocupação de quem é que era melhor e tocava mais ou quem merecia mais!!!!

Criou-se um mal estar no seio familiar da nossa banda devido a falta de importância dos verdadeiros valores(sociais, educacionais, morais,culturais e humanos).Todos nós sabemos que os jovens de hoje serão o futuro de amanha.Mas se não houver cultivo dos valores como será o amanha da nossa Banda? Será que os jovens, intrépidos nas suas ideologias ou a constituição banda que no âmbito de crescer fez com que se ofuscasse o sentido do que realmente, é a utilidade da (con)vivência...

O espírito de trabalho, sacrifício, poder de iniciativa, determinação e persistência é de certo peça chave para que haja uma melhor qualidade na banda: Mas a harmonia no seio da família Banda só se consegue com convivencia, trato, intimidade, honestidade , instrução, educação, amizade, complicidade,civilidade e nao acabaria mais de enumerar complementos de adjectivos.

Em suma, é tremendamente importante, a todos os níveis, que se enalteça a nossa Banda de hoje, com valores como espírito de trabalho, comportamentos humanos, iniciativa moral, persistência e honestidade para que futuramente colhamos bons frutos destas sementes.

A vida exige muito mais compreensão do que conhecimento.
Às vezes as pessoas, por terem um pouco mais de conhecimento ou acreditarem que o tem, se acham no direito de subestimar os outros...



O man.

4 comentários:

Manuela Cunha disse...

Saudades dos tempos em que o nervoso miudinho se vestiu juntamente com a 1ª vez que se vestiu a farda, das primeiras vezes que tentei alinhar o passo com os colegas na formatura, do tempo em que pensávamos que quantas mais festas tivessemos melhor era porque era motivo de estarmos todos os fins de semana na Banda, do tempo em que gostávamos que as festas fossem o mais longe possível para irmos e virmos a cantar no autocarro e a fazer maroteiras, saudades dos convívios nas terreolas perdidas do Norte, saudades de podermos ser menos bons musicalmente sem que isso significasse desmérito, saudades de saber que os poucos trocos que ganhávamos não eram o motivo principal que nos levava a fazer parte da Banda, saudades dos tempos em que se ansiava pelo começo dos ensaios, saudades do tempo em que a Banda já era um ícone musical mas, acima de tudo, significa convívio,amizade, divertimento, alegria, festa...saudades do tempo em que tudo era menos "speed play" como a máquina da foto. já agora de que ano é esta foto e onde foi tirada?

floriano disse...

Sim Nela,é verdade.Bons tempos vividos com alegria e boa disposição.Esta foto é de Vila Praia de Âncora de 1987/88 uma festa em pleno inverno.

Paulo Sá disse...

" Ó tempo volta para trás, traz-me tudo o que eu perdi
tem pena e dá-me a vida, a vida que eu já vivi,
ó tempo volta para trás, mata as minhas esperanças vãs,
vê que até o próprio sol volta todas as manhãs", já cantava o Tony de Matos... amigo Floriano, já são poucos os que como tu e eu, andam na banda sem ser por interesse monetário. Os valores pelos quais andamos na banda serão sempre os que tu referiste. Tenho uma certeza (infelizmente), nos dias que correm a falta desses mesmos valores serão o fim da banda, mesmo que não seja o fim da banda como grupo de musica, será o fim do verdadeiro ser ASSOCIAÇÃO. A alegria de ir para as festas para estar com os amigos está a desaparecer e a ser substituída pela incerteza" do será que eles vão pagar hoje"....infelizmente é a juventude que temos. Digo sem qualquer problema ou arrependimento, para isso vale mais saírem da banda. Podem chamar-me reaccionário ou o que quiserem mas nunca deixarei de dizer o que penso, não sei ser politicamente correcto. Acho que é o momento de dizer um grande CHEGA! É necessário refundar a banda.

Raul Torres disse...

Que pena ter que concordar com vocês... em género, número e grau. Infelizmente, salvo raras e honrosas excepções, a juventude que hoje integra as fileiras da nossa banda - e aqueles que, não marchando, ficam no palco/ coreto - sofrem de uma espécie de doença chamada "vedetismo precoce". Entre os principais sintomas desta doença - que se não tratada pode vir a ser fatal (para eles, mas principalmente para a Banda) - encontram-se: a falta de respeito pelos mais velhos, pelo maestro e pela direcção e pela farda que envergam; o exibicionismo constante; a irresponsabilidade demonstrada versus profissionalismo aparente; falta de humildade; "desatenção" constante ao início e "bichos carpinteiros" ao fim de cada obra; etc.; etc. Reconhecendo inegáveis qualidades no ensino hoje praticado, dou comigo a sentir saudades do tempo em que se aprendia por outra cartilha. Os músicos poderiam ser "menos bons", mas os homens/mulheres eram certamente melhores. Hoje tudo é facilitado. Os "meninos" ou "meninas" limitam-se a sentar-se no palanque à espera que o material caia do céu ou, quando isso não acontece, a desviá-lo cirurgicamente do lado. Bendito - porque claramente mais justo e educador - o tempo das escalas para carregar o material, dos croques do "Tio Gusto", dos raspanetes do "Tio Chininho", etc. Não sendo saudosista, digo com orgulho... ainda sou do tempo em que, antes de se ser músico, era preciso ser rapaz ou rapariga respeitador(a) dos mais velhos - ainda que "porventura" piores executantes de música - e com eles aprender. Só assim grangeamos a sua aceitação, acabando - por retribuição natural - por ensiná-los também a eles permitindo-lhes evoluir em todos os sentidos. Saibamos pois, no respeito pelo trabalho realizado pelos que nos precederam, estar ao serviço da Banda e não servirmo-nos da Banda.