segunda-feira, março 23, 2009

Concerto na Casa da Música de Antas





Orquestra Portuguesa Saxofones

CONCERTO NA CASA DA MÚSICA
ANTAS ESPOSENDE
29 de Março 2009
pelas 17h00
Programa
1ª PARTE

Marsch S. Prokofiev (1891- 1953)
Um dos compositores mais celebrados do século XX, conhecido por obras como “Romeu e Julieta” (ballet), “O Amor das Três Laranjas” e “Guerra e Paz” (óperas), o conto infantil “Pedro e o Lobo” e a sua “Sinfonia Clássica”. Apresenta-nos hoje através da OPS a sua bela e leve marcha, recheada de cores e ambientes sonoros alegres e prósperos.


Tocatta and Fugue J. S. Bach (1685-1750)
J. S. Bach, famoso organista e compositor do período barroco, considerado o mestre na arte da fuga, contraponto e música coral, é um dos nomes mais importantes da História da Música Ocidental. A sua “Tocatta e Fuga”, originalmente escrita para órgão algures entre 1703 e 1707, é um dos seus trabalhos mais famosos. A Tocatta inicia-se com um ornamento no registo agudo, seguido de duas imitações nas oitavas inferiores. Seguidamente toda a orquestra constrói um acorde de 7ª diminuta que resolve para o relativo maior! A fuga está escrita a quatro vozes sobre um tema apresentado em semicolcheias, que vai variando harmonicamente para pedais próximas. Entretanto recoste-se e prepare-se para os últimos acordes da peça. Estes são, sem dúvida alguma, a resposta ao porquê de Bach ser chamado o “pai da harmonia” na música…


Varkens Suite Huba de Graaff (n. 1959)
Allegreto Funky theme
Escrita e dedicada à OPS, a “Suite dos Porcos”, foi feita também para a estreia da ópera com o mesmo nome, que acontecerá em Maio de 2009 na Holanda. Musicalmente, após um início harmonioso, a obra tenta recriar os movimentos dos porcos quando em conjunto, isto é, o completo caos! Em primeira audição mundial, “Varkens Suite” foi feita com plena consciência e perfeição! Uma das novas obras para Orquestra de Saxofones que vai certamente conquistar o seu espaço na literatura para este ensemble.


2ª PARTE


España E. Chabrier (1841-1894)
Emmanuel Chabrier, compositor francês, estudou piano desde os seis anos, e apesar de sempre ter demonstrado um grande talento quer para o instrumento, quer para a composição, o seu pai obrigou-o a estudar direito. Mas quando em 1879 visita a Alemanha e ouve a obra “Tristão e Isolda” de Wagner decide demitir-se dos seus cargos na advocacia e dedicar-se por inteiro à composição. Mesmo apesar da sua decisão tardia, um vasto leque de obras marcam a História da Música Orquestral, uma das quais “España”, uma rapsódia de temas típicos espanhóis, que nos leva por momentos em viagem a terras de nuestros hermanos.


Quadros de uma Exposição M. Mussorgsky (1839-1881)
Originalmente escrita para piano, esta suite foi composta quando Mussorgsky visitou em São Petersburgo uma exposição de quadros do seu grande amigo, o pintor Viktor Hartmann, entretanto falecido. Após a visita, o compositor decidiu prestar homenagem a Viktor Hartmann, escolheu dez quadros da exposição e compôs um excerto musical para cada um deles, unindo-os com um tema comum (Promenade). Hoje a OPS apresenta-nos alguns dos mais famosos quadros. Uma obra eterna, fará parte para sempre da literatura musical do mundo!
· Promenade - Simboliza a entrada na exposição. Uma entrada em passo calmo, controlado mas simultaneamente majestoso!
· O Velho Castelo - Neste quadro encontramo-nos em frente a um velho castelo medieval, onde um trovador canta uma canção melancólica, quase prestando homenagem àquela imponente obra.
· Bydlo- Um carro polaco de madeira está a ser puxado por bois. Durante este andamento, deve-se transmitir a sensação de peso, lentidão e cansaço.
· A Cabana de Baba-Yaga- No quadro de Viktor Hartmann, vê-se uma cabana em forma de relógio. Por isso mesmo Mussorgsky tenta juntar musicalmente os sons dum pêndulo gigante com os de uma perseguição feroz. A perseguição acalma quando tudo parece acabado, mas voltamos ao tema inicial, que acaba por nos ligar directamente ao último andamento.
· O Grande Portão de Kiev- Este quadro, era também na realidade, um esboço de Hartmann para um Portão Monumental que este queria queria construir em homenagem ao Czar Alexandre II, para celebrar o facto de ele ter escapado a uma tentativa de assassinato em 1866. Inicia-se com uma entrada solene, onde revivemos os acordes da “Promenade” inicial, mas desta vez com mais glória! Segue-se a este um tema solene vindo do canto ortodoxo russo. Para terminar apoteoticamente surge-nos uma coda extremamente expandida, brilhante e sonora que exalta a magnificência do quadro, que afinal nunca chegou a ser realidade…

Sem comentários: